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Por que Negra? Por que Conceição? Por que Aparecida?

  • Everson Silva/ Leandro Tavares - Pascom
  • 9 de out. de 2016
  • 3 min de leitura

Aproxima-se o dia 12 de outubro e com ele a solenidade de nossa amada e querida Mãe, imperatriz e padroeira, a Senhora da Conceição Aparecida e esse ano um possível ano jubilar em preparação à festa de 300 anos de sua aparição no rio Paraíba do Sul em 1717. Foi pensando em esclarecer algumas dúvidas ainda pertinentes de alguns católicos que resolvemos publicar este artigo.

Quem um dia não se perguntou: Por que Conceição? Por que Aparecida? Porque negra? Por que... Por que...

Para entendermos bem é preciso voltar a 1717 quando três pescadores no rio Paraíba do sul encontraram primeiro o corpo e depois – na linguagem dos pescadores - em um segundo lance das redes, a cabeça de uma imagem, daí tem origem o termo Aparecida, pois a imagem foi “aparecida das águas”.

Mas e por que Conceição?

Os pescadores ao levarem a imagem pra casa após a pesca milagrosa decidiram colar as partes que estavam soltas, e ao colarem perceberam que se tratava de uma Imagem de Nossa Senhora da Conceição. Logo se espalhou a devoção a Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e tamanha foi a propagação que hoje a temos por Padroeira.

Mas e por que negra?

No Brasil do século XVIII a mão de obra escrava com escravos provindos principalmente da África, era a mola mestra dos engenhos de cana de açúcar e das fazendas de café. Como sabemos mediante a literatura e teledramaturgia a vida de um escravo não era desejável. Tortura, açoites, fome, doenças e tantos outros males que estes irmãos sofriam sem ter quem os defendesse, pelo menos publicamente. Aí se manifesta a bondade e o olhar de Deus: Um sinal de atenção ao permitir a aparição da Virgem Negra: Aquela que na brancura da pureza não se deixa vencer, se faz Negra como seus filhos para compartilhar suas dores e mostrá-los que havia alguém por eles.

Existem relatos de vários milagres favorecendo a escravos, mas citarei apenas um que é bem conhecido por ter sido representado na novela “A Padroeira” da rede globo de televisão.

Este fato é um dos mais bem documentados. Aconteceu por volta de 1790, no tempo da escravatura.

Um escravo de nome Zacarias, havia fugido da fazenda do patrão e foi refugiar-se nas matas da vila do Bananal, perto de Aparecida...

Localizado, preso e acorrentado nos pulsos e no pescoço, assim foi conduzido de volta para a fazenda. Ao passar pela “Capela” de Aparecida, pediu para fazer oração diante da Imagem. Ajoelhando-se, terá rezado assim com a alma nos lábios:

- Nossa Senhora Aparecida, o que será de mim? Tenha dó de nós, dos meus filhos, da minha família!

Nesse momento as correntes caíram dos pulsos e do pescoço. O barulho produzido pela queda foi tão forte que alarmou os alunos de uma escola vizinha. Todos acorreram com seu professor para ver o que tinha acontecido.

Espanto geral. O próprio patrão “tocado pelo milagre, ofereceu o escravo a Nossa Senhora Aparecida. Pagou o preço do resgate e o levou, liberto, para casa como pessoa protegida pela soberana Mãe de Deus”.

Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi proclamada Rainha do Brasil, em 16 de julho de 1930 pelo papa Pio XI. O Brasil rende-se ao amor incondicional da “Mãe negra” no dia 12 de outubro, data que marcou, em 1980, a proclamação de feriado e consagração do Santuário Nacional de Aparecida pelo Papa João Paulo II.

Curiosidade:

Em 06 de novembro de 1884, a Princesa Isabel ofereceu a Nossa Senhora Aparecida uma coroa de ouro, cravejada de brilhantes, a mesma com que a Imagem foi coroada Rainha do Brasil de 1930 e que até o ano de 2005 cingia a fronte de nossa rainha e mãe.

Rezemos por nossas famílias, consagremos nossas vidas e o futuro do nosso país àquela que tomou-nos por filhos prediletos.

Ó Maria Santíssima, pelos méritos de Nosso Senhor Jesus Cristo, em vossa querida imagem de Aparecida, espalhais inúmeros benefícios sobre todo o Brasil. Eu, embora indigno de pertencer ao número de vossos filhos e filhas, mas cheio do desejo de participar dos benefícios de vossa misericórdia, prostrado a vossos pés, consagro-vos o meu entendimento, para que sempre pense no amor que mereceis; consagro-vos a minha língua para que sempre vos louve e propague a vossa devoção; consagro-vos o meu coração, para que, depois de Deus, vos ame sobre todas as coisas. Recebei-me, o Rainha incomparável, vós que o Cristo crucificado deu-nos por Mãe, no ditoso número de vossos filhos e filhas; acolhei-me debaixo de vossa proteção; socorrei-me em todas as minhas necessidades, espirituais e temporais, sobretudo na hora de minha morte. Abençoai-me, o celestial cooperadora, e com vossa poderosa intercessão, fortalecei-me em minha fraqueza, a fim de que, servindo-vos fielmente nesta vida, possa louvar-vos, amar-vos e dar-vos graças no céu, por toda eternidade.

Assim seja!

 
 
 

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