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Respeite ao menos os meus cabelos brancos

  • Zenildo Calheiros
  • 1 de jul. de 2016
  • 4 min de leitura

Neste mês que se inicia a Igreja Recorda com grande afeto os avós paternos de Jesus, e com eles também nos recordamos dos nossos idosos. Abaixo coloco alguns aspectos para vivermos intensamente essa reflexão para qual a Igreja nos convida.

Os Avós de Jesus...

Joaquim era casado com Ana e ela era estéril. Os dois tinham muita fé em Deus e confiavam que, se fosse da vontade de Deus, um dia eles teriam um filho. Quando Joaquim se retirou para rezar e fazer penitências, um anjo apareceu e lhe disse: “Joaquim! Joaquim! O Senhor ouviu tuas preces. Ana a tua mulher, conceberá em seu ventre”. Sua esposa também recebeu a visita do anjo que lhe falou: “Ana! Ana! O senhor ouviu tuas preces. Eis que conceberás e darás a luz. Da tua família se falará por toda eternidade”.

Quando prestamos atenção ao lermos a Bíblia, e dela buscamos conhecimentos sobre Jesus, tudo se encaixa, e, não poderia ser diferente da providência divina. Ora, jamais, Maria iria vir de uma família que não fosse temente a Deus.

Segundo um livro apócrifo de Tiago, escrito no primeiro século, e que não está incluído nos canônicos, Santa Ana deu a luz a uma menina, a qual chamou de Miriam, em hebraico, “Senhora da Luz”, e ao ser traduzido para o latim, ficou Maria. Ela não foi a mãe de Jesus por acaso, foi gerada para ser a mãe de Deus. Desde o início do Cristianismo que se tem essa ternura e devoção à Santa Ana e a São Joaquim. A graça de Deus manifestando-se na família.

Em 1584, o papa Gregório XIII fixou a data para a festa de Santa Ana no dia 26 de julho e em 1960 o Papa Paulo VI, juntou a essa data São Joaquim, por isso no dia 26 de julho se comemora também o dia dos avós.

Uma curiosidade que provavelmente você já ouviu e talvez não saiba é que o mês de Julho também é tido pelos mais velho como mês de SANTANA justamente em homenagem a Santa Ana.

E aproveitando o ensejo, falo um pouco do ser idoso.

Ser velho, não é ser desnecessário, estar velho é a recompensa por ter vivido bastante, acumulado experiências e pronto para ensinar; ter todo tempo para ouvir, mas hoje nunca é ouvido.

O desrespeito com os idosos, quase sempre começa dentro de casa, no seio da própria família. A exploração dessa gente tão útil, não é somente no dinheiro da aposentadoria, é também física e psicológica. Quantos idosos dentro de suas próprias casas passam fome porque seus filhos e netos gastam seu dinheirinho com coisas fúteis, lhes privando até de seus remédios, só os mantém em casa, justamente por causa de seus proventos. São tratados como móveis velhos ou um utensilio sem nenhuma utilidade, guardado lá no quartinho dos fundos da casa.

Os jovens não acreditam que um dia também ficarão velhos, a juventude não é eterna e o seu imediatismo lhes dá espaço para refletir. Os filhos já não estão sendo mais educados no lar, os pais estão deixando para o estado esta função, Já que é assim, da mesma maneira, que se dá ênfase nas escolas para se cuidar da natureza, da água e do mosquito, devia, também, a escola ensinar a ter cuidado e respeito com os que lhes deram a vida. Os que trocaram seu tempo, deixando de existir naquele momento, para que você existisse.

O velho não quer o espaço do jovem, ele simplesmente necessita que os jovens não se afastem e, sim, que se unam e, essa simbiose iria trazer benefícios recíprocos para os dois. O hoje traduz para a juventude, uma sensação permanente de jovialidade, esquecendo-se que se tiverem sorte um dia também ficará velha.

O velho sábio desfruta da qualidade de ser sensato, prudente e de modo inteligente saber lidar com seus amigos, com os poderosos e com as autoridades. Tudo isso, porém, não é pragmatismo falso e sim obediência à lei e aos mandamentos de Deus, que tem como finalidade que o ser humano conviva com justiça, misericórdia e bondade. Esse cuidado que devemos ter com os idosos é bíblico, pois nos diz Eclesiástico (3,14-15), “Filho, ampara a velhice de teu pai e não lhe cause desgosto enquanto ele viver, mesmo que esteja perdendo a lucidez, sê tolerante com ele e não o humilhes, em nenhum dos dias de sua vida. A ajuda prestada a teu pai não será esquecida”.

O velho de hoje, está colhendo o que plantou junto com os filhos, esposa e amigos; ‘se tuas obras forem boas, boas obras irás colher’. Pai que respeita os filhos, dando-lhes bons exemplos, terá uma velhice bem acolhida. O conhecimento dos mais velhos serve de degraus para abonar os mais jovens.

Que hoje os seus filhos façam parte da doutrina cristã e mostre a eles o sentido verdadeiro do catolicismo, que é um cristão temente a Deus e verás na tua velhice que valeu apena.


 
 
 

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